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domingo, 4 de novembro de 2012

Analisando o Titanomaquia - 1993

Vamos analisar o oitavo álbum da carreira dos Titãs,que rendeu shows entre 1993 e 1994.

Produzido por Jack Endino.
Jack Endino é um produtor musical de SeattleEUA. Fortemente associado com a gravadora Sub Pop e com a cena grunge, ele produziu álbuns seminais de bandas comoMudhoney e Soundgarden. Mas é mais famoso por produzir o primeiro álbum do Nirvana, chamado Bleach, lançado em 1989. Recentemente produziu as bandas Hot Hot Heat,Zeke e High on Fire.[1]
Ele também tocou na clássica banda Skin Yard. Paralelo a isso, ele também tem um projeto solo, lançando em 2005 o álbum Permanent Fatal Error. Os outros álbuns chamam-se Angle of Attack e Endino's Earthworm. Em 1993, produziu a banda brasileira Titãs, com o álbum Titanomanquia, se juntando depois a eles nos discos Domingo (1995), As Dez Mais (1999), A Melhor Banda de Todos os Tempos da Última Semana (2001) e MTV ao vivo Titãs (2005). Três anos mais tarde (1996), produziu o álbum Skunkworks, trabalho da carreira solo do vocalista do Iron MaidenBruce Dickinson.

Pela primeira vez, o Titãs lança um álbum sem seu co-fundador, Arnaldo Antunes, embora este assine em parceria com a banda (que mais uma vez recorreu aos créditos coletivos) três faixas: "Disneylândia", "Hereditário" e "De Olhos Fechados". O massacre que a banda sofreu da crítica na época de Tudo ao Mesmo Tempo Agora foi retribuído com um disco mais furioso ainda - mas desta vez com produção e mixagem bem resolvidas, a primeira a cargo do norte-americano Jack Endino, conhecido por ter guiado a produção minimalista da estréia do NirvanaBleach.
Se não foi unanimidade na hora de ser recepcionado pela imprensa, Titanomaquia tampouco fracassou totalmente nessa ocasião. Teve boas resenhas em jornais como a Folha de São Paulo e O Globo. Referente ao público, as vendagens mais uma vez ficaram aquém da expectativa sobre um dos mais representativos grupos de rock brasileiro, mas os shows ainda eram um must à parte.
Os principais sucessos do trabalho foram "Será que é Isso o que Eu Necessito?" (cantada por Sérgio) e "Nem Sempre se Pode ser Deus" (com os vocais de Branco), cujas letras deixavam claro o quanto o grupo esnobava as palavras negativas dos formadores de opinião. Além destas, "Hereditário" - única faixa cantada por Nando, que não encontrou sintonia com o disco, visto seu envolvimento com a MPB, e não compôs uma única faixa presente no CD - e "Taxidermia" (interpretada por Paulo) também tiveram êxito e ganharam videoclipes.
Foi neste mesmo período que a banda, em sociedade com o produtor e jornalista musical gaúcho Carlos Eduardo Miranda, fundou o selo Banguela, de breve existência, mas que revelou ao Brasil um futuro sucesso na mídia, o grupo brasiliense Raimundos. Outros contratados do selo eram o Mundo Livre S/A, o Graforréia Xilarmônica, o Maskavo Roots, e a banda Kleiderman, formada por Branco MelloSérgio Britto e a baterista Roberta Parisi só para citar alguns. Já em férias, os integrantes investiram em vários projetos paralelos.

  1. Será que é isso o que eu necessito? (Sérgio Britto) - A canção que abre o disco.Fala abertamente e manda tomar no cu,um suposto "crítico" de música,na minha concepção.Eu ja fui alvo da crítica destrutiva por gente que me desconhece musicalmente e mandei todos se foderem.
  2. Nem Sempre Se Pode Ser Deus (Sérgio Britto/Branco Mello) - Outra letra mais foda do disco.EU praticamente adoro essa música.Não tenho o que e como definí - la eu só sei que nem sempre se pode ser deus...
  3. Disneylândia (Arnaldo Antunes/Sérgio Britto/Paulo Miklos) - Arnaldo Antunes acertou em cheio na segunda canção desse trio.Mas na minha opinião,é a mais fraca do LP.Não que eu não goste,mas não agradou.
  4. Hereditário (Arnaldo Antunes/Tony Bellotto/Nando Reis) - A mais pesada,ou seja,mais pancada do disco.O Charles não mede esforçou qdo começa dando pancada nos pratos e nos tambores da batera.E por incrível que pareça,a única da parceria com Arnaldo e Tony.O Nando ficou muito puto de não poder ter contribuído com mais uma faixa,já que o repertório estava fechado.Seria "Meu Aniversário",mas essa faixa acabou que foi gravada no primeiro disco do Nando,que pensou em sair da banda depois da saída do Arnaldo,só por sua musiquinha amena não ter entrado.
  5. Estados alterados da mente (Arnaldo Antunes/Branco Mello) - A outra bem mais pesada do disco.Começa pelos rifes das guitarras do Fromer e do Bellotto. A música trata de um assunto pouco relatado musicalmente:Psicanálise,cuidados com a mente humana.
  6. Agonizando (Sérgio Britto) - Porra.Esse é a mais grunge de todas as 13 do disco.Ele fala de um cara que agoniza e acaba morrendo no final.
  7. De Olhos Fechados (Arnaldo Antunes/Sérgio Britto/Paulo Miklos) - Outra do Arnaldo.Feita sob encomenda com o Miklos e com o Britto para esse disco,Uma música mais confusa que "Porrada" do "Cabeça Dinossauro".
  8. Fazer o quê (Charles Gavin/Sérgio Britto/Arnaldo Antunes) - A mais foda das mais fodas do disco.Não tenho o que definir sobre ela,como diria o título:FAZER O QUÊ? EU VOU FAZER O QUÊ ?
  9. A Verdadeira Mary Poppins  (Sérgio Britto/Marcelo Fromer/Paulo Miklos) - Na minha opinião,também não agradou,mas como diz o Britto,amigo,tem quem goste!
  10. Felizes São Os Peixes (Branco Mello/Sérgio Britto) - Essa música me lembrou o filho do Branco,como o Marcelo Fromer comentou uma vez.A primeira palavra do Bento foi exatamente essa:PEIXE!
  11. Tempo Pra Gastar (Sérgio Britto) - A letra é clara e objetiva,não tem meio termo,como diria o Paulo Miklos,falamos de uma forma sintética,absoluta,direta e ácida."Tenho tempo pra gastar,tempo pra passar da hora,tenho tempo pra desperdiçar,tempo pra jogar fora".Precisa dizer mais?
  12. Dissertação do Papa sobre o crime seguido de orgia (Branco Mello/Arnaldo Antunes) - Na altura dos acontecimentos,essa letra tinha que cair justamente no disco.O sadismo era uma coisa fundamental e conta a história de tantas das maldades ocorridas no século passado.Branco e Arnaldo acertaram em cheio no esboço da letra.
  13. Taxidermia (Paulo Miklos/Tony Bellotto/Arnaldo Antunes) - A última do disco.O Paulo entoa a canção com toda firmeza sintética e coloca outra frase "Se eu tivesse seus olhos eu seria famoso".
FICHA TÉCNICA 
Produção executiva: Nelson Damascena e TitãsEstúdio de pré-produção: Oásis (SP)
Técnicos: Evaldo Luna, Nivaldo Costa e Valter Tavares
Assistentes: Paulinho Brandão
Gravação de Demo Tape: Paulo Junqueiro
Estúdio de gravação: Nas Nuvens (RJ)
Engenharia de gravação: Jack Endino e Paulo Junqueiro
Assistentes de gravação: Otávio Paixão e Ivan Knopfler
Mixagem: Nas Nuvens (RJ)
Engenharia de mixagem: Jack Endino e Paulo Junqueiro
Assistentes de mixagem: Guilherme Calicchio,

Márcio Paquetá, Renato Munhoz, Sérgio Chataignier
Manutenção: Ricardo Garcia
Masterização: Future Disc (Los Angeles)
Engenharia de masterização: Eddie Schreyer e Paulo Junqueiro
Coordenação gráfica: Silvia Panella
Capa: Fernando Zarif
Corte: José Oswaldo Martins
Roadie: César Gavin

TITÃS 
  • Branco Mello: vocal
  • Charles Gavin: bateria e percussão
  • Marcelo Fromer: guitarra
  • Nando Reis: baixo e vocal
  • Paulo Miklos: sampler, sintetizador e vocal
  • Sérgio Britto: mini-moog, órgão e vocal
  • Tony Bellotto: guitarra


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